0363 - Babaganuche e os segredos da cozinha Sírio-Libanesa (Parte I)
(Pasta de beringela)
Ingredientes:
4 beringelas grandes com casca
3 c.s. de tahine
2 c.sopa de suco de limão
2 dentes de alho amassados
sal a gosto
Modo de fazer:
Coloque as beringelas de molho em água com sal e limão, para tirar o amargor e não escurecer. Depois descasque-as e asse-as no forno, em uma forma de vidro com azeite de oliva por cerca de 15 a 20 minutos. Depois de frias, pique as beringelas e passe a polpa no liquidificador.Passe para uma tigela e acrescente o Tahine, o suco de limão, o alho e o sal á gosto. Decore com pedaços da casca.Sirva com pão árabe.
NOTA: o babaganuche é servido normalmente como entrada.O tahine é feito com gergelim e pode ser encontrado pronto em lojas que tenham produtos árabes.
Cozinha é Cultura:
O requinte da cozinha sírio-libanesa so é comparável a sua generosidade. Uma cozinha que é realmente farta e bem caseira, normalmente feita por mãos femininas em horas e horas de trabalho junto aos fogões
Quem já participou de algumas comemorações árabes não vai esquecer ta cedo a sua fartura e generosidade dos anfitriões. Esta arte da hospitalidade é uma velha tradição do oriente médio, do Líbano da Síria e continua sendo praticada pelos que vieram para o Brasil e que respeitam os costumes antigos.
Nessas regiões, os pratos desfilam durante horas e os anfitriões fazem questão de explica-los e oferece-los com insistência. Comer bem e bastante numa cozinha árabe representa o reconhecimento de que a hospitalidade foi apreciada e isso deixa quem recebe contente e satisfeito.
Uma cozinha que presta atenção nos detalhes e é muito trabalhosa. Tyodas as etapas de preparação de um prato devem ser obedecidas e o ingredientes preparados com todo o cuidado. Limpar uma carne para um quibe, por exemplo, chega a ser uma arte, pois todo o resquício de gordura e de nervo é cuidadosamente retitado..
Uma cozinha portanto, trabalhosa, detalhista, parcialmente ameaçada pelos tempos modernos, onde a pressa, a falta de tempom é a regra. Esta ficando cada vez mais difícil encontrar alguns pratos árabes que realmente demandam muito tempo.
A cozinha sírio-libanesa reúne tradições mediterrâneas, européias e orientais. Como já visto, a muitas semelhanças com a cozinha grega e outras regiões, como demonstram alguns pratos como os charutinhos de folhas de uva, ou de repolho, o uso extensivo de legumes mediterrâneos, notadamente a berinjela e a abobrinha, o azeite de oliva e outros ingredientes. Do oriente, muitas especiarias e temperos típicos. Também no Líbano, uma cozinha ligada a raízes, ao mesmo tempo, cosmopolita.
Um jantar árabe começa com uma profusão de pratos frios, entre os quais o homus, uma espécie de patê de grão-de-bico, extensivamente utilizado e a pasta de berinjela, o babaganuche, que , quando corretamente feita, deve ter u aroma levemente defumado, pois é necessário queimar a pele com cuidado, para retira-la e não deixar o prato pesado.
Outra presença constante é o tabule, a salada árabe com o trigo levemente quebrado, o boulghour, que aparece em tantos e tantos pratos.
Vamos encontrar esse trigos em muito tipos de quibe. O quibe originalmente, é feito com carne de cordeiro, a mais comum apreciada no Líbano e Síria, onde ela é consumida de mil maneiras, inclusive crua.
Os miúdos de cordeiro também são realmente populares nessa cozinha.
Aqui, onde o cordeiro é mais raro e a carne de boi boa e relativamente mais farta, o prato acabou sendo adaptado e se tornou realmente popular.
O Quibe é o mais comum, pode ser encontrado em muito bares de São Paulo e outras cidades, mas a muitas outras versões. O quibe assado, também chamado de quibe de bandeja, com muita manteiga; o quibe michui, ou de bola, pois é arredondado e com um recheio gorduroso para que não fique seco, e o quibe cru, servido inicialmente no inicio das festas com muita cebola, azeite de oliva e hortelã. Há ate o quibe de peixe, muito saboroso.
Fonte: Companhia União de Refinados – Açúcar e Café.