0253 - Ambrosia e os Segredos da Cozinha Brasileira (Parte II)
Ingredientes:
l de leite
½ kg de açúcar
1 c.s. de suco de limão
6 cravos da índia
6 ovos
Canela para polvilhar
Modo de Fazer:
Ferva o leite, bata as claras em neve, acrescente as gemas uma a uma e continue batendo até que fique bem leve. Misture o suco de limão e o cravo. Junte esta mistura ao leite fervente e deixe cozinhar em fogo baixo. Quando a parte de baixo estiver cozida e firme corte em pedaços e vire para que cozinhe por igual. Retire do fogo, coloque em uma tigela e polvilhe com canela.
Os Segredos da Cozinha Brasileira (Parte II)
São Paulo, Minas, Goiás e Mato Grosso nasceram insulares, isolados do mar e voltados para o interior. Os bandeirantes de São Paulo tiveram papel importante na colonização das Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o que só aumenta os traços de união.
É verdade que hoje em dia Minas é mais ciosa de suas tradições culinárias do que São Paulo. O sentimento de “mineiridade” e o apego às tradições que se vê nas pequenas cidades são fatores importantes para manter a cozinha autêntica. É uma pena que as tradições sejam esquecidas. Nas velhas fazendas, antes da era da refrigeração, a carne de porco era aferventada e conservada em latões de gordura. Um hábito que foi praticamente esquecido, mas mantido na França, que soube manter as tradições.
A sopa de milho verde com cambuquira aparecia na época da colheita, “no tempo do milho verde”. Um prato bem simples, quase “um curau salgado”, mas com muito sabor. A cambuquira, o broto de abóbora, uma verdura riquíssima, é difícil de ser encontrada hoje em dia. Uma pena.
A galinhada, o arroz mole cozido com frango, existe em praticamente todo o país, mas hoje é quase uma marca registrada do Triangulo Mineiro, onde o chamado açafrão nacional é bastante comum.
A cozinha baiana é das mais ricas e tem também seu aspecto de “fundo de quintal” no interior. Mas é no litoral, em Salvador e em outras regiões litorâneas, que aparecem seus pratos mais famosos, como o vatapá e o caruru. A influência africana é bastante sensível e o próprio uso do azeite de dendê a destaca. O vatapá pode dar um pouco de trabalho para ser feito, mas é um prato luxuriante, saboroso em sua profusão de peixes, camarões e outros ingredientes marcantes.
O caruru, com seus camarões e quiabo, é outro “sinônimo de cozinha baiana” e bem o merece.
A fritada de peixe e camarão é uma receita caseira pernambucana que é excelente dentro de sua simplicidade.
A confeitaria brasileira é das mais ricas e bastante carregada no açúcar. O amor aos doces e o hábito de usar muito açúcar são provavelmente boas heranças portuguesas. A ambrosia sulista e a cocada mole baiana são expressões religiosas dessa confeitaria generosa.
Fonte: Companhia União dos Refinadores Açúcar e Café